A criança que nasce com uma diferença de membros é inteira.
Essas crianças não perderam nada, pois foi assim que nasceram.
A mente do bebê, ainda em desenvolvimento, não entende nem reconhece que “deveria” ter duas mãos, ou dez dedos. O bebê é equipado com o instinto de FAZER e aprender a fazer o que quiser; encontrar conforto, segurar a mamadeira, brincar, engatinhar, subir nos lugares, andar. Não há preocupação com a aparência.
As pessoas costumam dizer que nossos filhos “se adaptam tão bem”, mas não se trata de adaptação, porque enquanto bebês isso é tudo o que conhecem. Eles não sabem “como seria” de outra forma, é simplesmente uma questão de o que vão FAZER com o que têm.
Nossos filhos nasceram fisicamente diferentes, mas com a capacidade inata de cumprir qualquer tarefa e desafio que apareça pelo caminho antes mesmo de terem consciência de que aquilo é visto pelos outros como um desafio.
É claro que mais tarde haverá adaptação. Eles irão se adaptar para viver em um mundo feito para pessoas que não têm diferença de membros. E digo que isso vai estimular a capacidade de nossos filhos de serem solucionadores de problemas, criativos e conquistadores.
A necessidade de pensar fora da caixa e de resolver situações creio que torna nossos filhos mais inteligentes, criativos, dinâmicos e mentalmente fortes apenas realizando tarefas corriqueiras que para a maioria das pessoas passam despercebidas.
Acrescente ainda a vontade de perseguir uma paixão e uma ingenuidade maravilhosa e o impulso está dado.
Nossos filhos não devem ser subestimados e certamente não são dignos de pena.
Embora para algumas pessoas possa parecer que nossos filhos perderam alguma coisa, o que elas não enxergam é o que lhes foi dado. E assim como a diferença de membros deles, eles nasceram assim.
(Molly Stapelman, LFP)
Abril – Mês da Conscientização das Diferenças de membros.