“O nascimento de uma criança é sempre muito aguardado pelos pais. E comumente ouvimos a frase: “Pode ser menino ou menina desde que venha com saúde!”. E ter saúde nesse caso o que significa? Significa sem doença e sem deficiência. Não é mesmo? Tal fala já mostra o estigma que a deficiência carrega! A sociedade com frequência associa deficiência à incapacidade, à tragédia e à tristeza! Mas esse conceito é completamente equivocado! Devido a essa relação, é compreensível o primeiro choque dos pais, mas é necessário superar essa “frustração” e medo do futuro e seguir adiante. Com o tempo percebe-se que ter um filho com deficiência não é o fim do mundo! E os pais, se conscientizando disso, conseguem ajudar seus filhos na questão da autoestima. Pois todo o processo de inclusão e aceitação começa dentro de casa! Não é na escola, na igreja ou no parquinho.
E como ajudar? Falando sobre a deficiência de forma franca, com linguajar acessível, claro, mas sem mentiras, o assunto não deve ser um tabu. Se a criança não tem a mão, diga que ela conseguirá, mesmo sem o membro, fazer tudo o que quiser, ainda que de forma diferente, e desde cedo explique que a mãozinha não vai crescer. Não levar a criança a ter consciência da realidade da sua deficiência é um péssimo caminho. Quanto mais cedo ela aprender que ser diferente é normal, que a deficiência não faz de alguém melhor ou pior, mais emocionalmente fortalecida e feliz ela será”.
(Patrícia Lorete – Pós-graduada em Saúde Mental)
Fonte: Página Janela da Patty – Pessoa com deficiência
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